sexta-feira, 6 de março de 2009

Cinema Paraibano a todo vapor...

Calina Bispo
Repórter
06.03.09


A produção cinematográfica paraibana vai de vento em popa. Além dos vídeos e filmes que estão em processo de pré produção, veremos nos próximos meses, uma série de lançamentos de curtas-metragens novos.

E parece que de uma hora pra outra, todo mundo em João Pessoa está editando ou finalizado alguma coisa. Isso não é à toa. Essa correria toda se deve, principalmente, ao fato de estarem encerrando no dia 15, as inscrições para o prêmio Energisa de Estímulo ao Audiovisual Paraibano, de 20 mil reais.

Parece que nossos realizadores não querem perder a oportunidade de lançar seus vídeos e filmes na 4ª edição do Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa, entre 1 e 9 de maio na Usina Cultural Energisa.

“O CINEPORT é um ótimo espaço de visibilidade, garante para nossas produções um espaço midiático muito forte, platéia cheia daqui e de outros estados, já que são convidados muitos cineastas e diretores de fora da Paraíba e também do Brasil”, diz o fotógrafo cinematográfico João Carlos Beltrão, que assina a direção de fotografia da maioria das produções que serão lançadas nos próximos meses.

Em produção

Continuam as gravações de um documentário sobre o cineasta Linduarte Noronha, diretor de Aruanda. A direção é assinada por Manfredo Caldas, que dirigiu em 2008 o documentário O Romance do Vaqueiro Voador. O documentário está sendo realizado a pedido do Canal Brasil.

Pós-produção

Entre as novidades esperadas, dois filmes de ficção em película - curtas-metragens: Moído, de Bruno de Sales, em 35mm e O plano do cachorro, de Ely Marques e Arthur Lins – vencedores do último Prêmio Energisa , em João Pessoa, em 2007, com o vídeo Um fazedor de filmes.

Bruno de Sales, que em 2005 lançou o curta de ficção Cão Sedento, também está concluindo o vídeo “Rua do Vento”, de ficção científica, mas sem previsão de lançamento.

Otto Cabral (Instrumento Detector de Alguma Coisa, 2007), está concluindo mais dois documentários: “Sinézio, o fenômeno” e “Magarefe”. O primeiro é uma homenagem ao time Nacional de Patos e sua conquista do campeonato paraibano em 2007, e o segundo é uma observação sobre um homem que trabalha em matadouro em Patos e que tem a função de abater o boi – o Magarefe.

O jornalista e videasta Elinaldo Rodrigues (dirigiu o doc Brincantes) está finalizando seu documentário sobre o rio Sanhauá, e tem estréia prevista para o mês de julho. A videasta Ana Bárbara Ramos (dirigiu o doc Cabaceiras em 2007) está concluindo mais um documentário: Suíte Caroline, sem data prevista para lançamento.

O cineasta Torquato Joel (Passadouro, 1999), também se prepara para lançar nova produção, o documentário “Aqui”, sobre a história da Paraíba a partir da revolução de 30.

E quem já está pronto para lançar dois vídeos de uma vez só é o videasta Chiquinho Sales, com as produções “Nego” e “1500”. O lanámento deve acontecer até o final do mês de março.

Pré-produção

Em fase de pré-produção, se encontra o único longa-metragem de ficção de Campina Grande nos últimos 10 anos, "Tudo que Deus Criou...", do diretor André da Costa Pinto, também diretor do premiado documentário de curta-metragem Amanda & Munick (2008). As gravações do longa estão previstas para iniciarem no próximo dia 15, em Campina Grande.

Em João Pessoa, quem tem um projeto de longa-metragem em andamento é o videasta Carlos Dowling, que começou a escrever o roteiro de Bestiário em 2005. Neste ano, o projeto de pesquisa do vídeo foi contemplado pelo Fundo de Incentivo à Cultura Lei Augusto dos Anjos (FIC).

Atualmente, Dowling, que assina a direção do DVD Sivuca – O Poeta do Som (2006), busca financiamentos públicos e privados para iniciar a pré-produção do longa-metragem.

“Estou na fase de montar empresa para conseguir utilizar os mecanismos de financiamento existentes. Já coloquei o projeto no edital do Fundo Setorial do Audiovisual mês passado e agora colocarei no edital do MINC”, diz o videasta.

Através do FIC, três outras produções estão encaminhadas: o documentário O Velho do Rio, de Leonardo Alves de Oliveira, do município de Sousa; Onde Borges Tudo Vê – uma adaptação de textos do escritor argentino Jorge Luiz Borges, de Taciano Valério, de Campina Grande; e a ficção Redemunho, de Marcélia Cartaxo, em João Pessoa.

Parece que 2009 está nos reservando boas surpresas cinematográficas. Vamos esperar pra ver.

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