Calina Bispo
Repórter
13.01.09
A nova temporada do seriado juvenil Malhação, da Rede Globo, deu início no dia 12, última segunda-feira. Logo no primeiro capítulo, uma novidade chama a atenção dos espectadores da Paraíba, com a aparição do pescador Tomé, vivido pelo ator paraibano Alberto Quirino dos Santos, ou simplesmente Beto Quirino, como ele mesmo prefere.
“Tomé é pai de Luciano, um pescador que ganha a vida organizando passeios de jangada para turistas, desde que se mudou para Canoa Quebrada com o filho”, diz Beto Quirino. “É um homem que coleciona desilusões, mas não deixou de acreditar no amor, e, assim, comove-se com parcerias como a de Iracema e João, seus compadres, que jamais deixaram de caminhar juntos”, descreve Quirino.
Quirino diz que não encontrou muita dificuldade para viver o pescador em Malhação, já que o personagem tem como meio de vida uma das formas de lazer de que mais gosta. “O meu processo de criação da personagem advém da minha própria vivência também, pois gosto muito de pescar, quem me conhece sabe muito bem disso”.
A presença do ator paraibano na Rede Globo já vem sendo notada pelos espectadores paraibanos desde 2007, quando participou da minissérie Amazônia. Nela, Quirino deu vida ao personagem de Cesarino, um sanfoneiro casado com Belinha (Fernanda Paes Leme) que tinha um caso amoroso com "Romildo" (Marcelo Faria).
“Cheguei à Globo através de um teste que fiz, no Espaço Cultural, em João Pessoa, em 2006, para a minissérie "A Pedra do Reino", dirigida por Luiz Fernando Carvalho, porém, para minha surpresa fui chamado para atuar na minissérie "Amazônia".
A partir de Amazônia, Beto Quirino começou receber convites para participar de outras produções da Rede Globo, como explica o ator. “Fiz um teste para a novela "Duas Caras", onde consegui o papel do "Mestre", um dos anões de Juvenal Antena (Antônio Fagundes)” diz. “Essa oportunidade foi bastante prazerosa por poder trabalhar com uma equipe formada por grandes nomes da teledramaturgia brasileira”.
Em seguida o ator fez uma pequena participação, em off, na novela Desejo Proibido, onde coincidentemente tinha uma relação direta com a personagem de outra atriz paraibana, Marcélia Cartaxo.
“Lá fiz também um "Mestre", só que um mestre de cerimônias de um circo, e era apenas a minha voz que aparecia em um pensamento da personagem de Marcélia Cartaxo, olha que legal. A cena era a seguinte: Marcélia era uma ex-bailarina que ao abrir uma caixa com objetos antigos pega uma sapatilha que usava em seu número circense, daí ela começa a lembrar do mestre de picadeiro fazendo a chamada para o seu número de telefone”, fala.
E continua. “Depois fiz um trabalho com Lázaro Ramos, "Parabólico", uma minissérie para o Canal Futura endereçada aos que irão fazer vestibular, tipo Telecurso”, afirma. “O próprio Lázaro dirigiu, foi muito divertido, fiz dois papéis, o pai do protagonista e curiosamente fiz também mais um Mestre, por incrível que pareça um mestre ninja”, conclui Quirino.
Apesar dessas oportunidades, Quirino lembra que seus trabalhos no teatro e no cinema paraibano contribuíram significativamente para sua espontaneidade na televisão. “Minha experiência com o teatro vem de longo tempo, o que me deixou bem mais à vontade com a televisão”, enfatiza.
“No cinema paraibano minha participação foi muito pequena, mas tive uma experiência muito boa em vídeo, através de Tiago Penna, que me dirigiu em "Progéria". Foi meu primeiro trabalho nesse sentido. Eu fazia o esposo da minha amiga, a atriz Mayana Neiva, e tínhamos um filho que nasceu e cresceu até ficar velho, tudo isso em um só dia. Coisas de Tiago Penna”, observa.
Quanto à visibilidade que sua aparição em telenovelas vem provocando, ao ser perguntado como se sente em relação a isso, Quirino responde de forma sensata, ao revelar sua exata noção da permanente necessidade de encarar com humildade essa nova etapa de sua vida.
“Sinto-me mais visível sim, porque a penetração da televisão é enorme. Quando você está no ar, é claro que as coisas mudam. As pessoas te param na rua, perguntam pelo seu trabalho. É bom ser reconhecido, o problema é não se deixar levar por uma coisa que só existe na cabeça de pessoas que tendem a pensar curto, que é a de achar que o mundo vai girar em torno dela depois disso”, destaca.
Além de Malhação, o ator desenvolve paralelamente no Rio de Janeiro, um trabalho com poesia popular, utilizando o cordel, cantoria de viola e teatro de bonecos.
TRABALHOS DE BETO QUIRINO NA TELEVISÃO
2008
Novela: "Três irmãs" (participação especial)
Personagem Tião das Cabras
Minissérie: "Parabólico"
Personagens: Pai do Parabólico e Mestre Ninja
Direção: Lázaro Ramos
2007
Novela: “Duas Caras”
Personagem: Mestre - Um dos "anões" do Juvenal Antena
Direção: Wolf Maia 2007
Novela: "Desejo Proibido" (participação especial)
Personagem: Mestre de picadeiro
Minissérie “Amazônia”
Personagem: Cesarino - sanfoneiro
Direção de Marcos Schechtman
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
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